domingo, 12 de agosto de 2007

Chegou ao Fim!


Costuma-se dizer que tudo o que começa tem um fim, o Jamboree não foi excepção. No dia 7 de Agosto os 40.000 de escoteiros juntaram-se novamente na arena principal para assistir à cerimónia de encerramento do Jamboree. Faltou pouco para deixar correr as lágrimas, afinal depois de um ano à espera e para alguns muito mais, o jamboree já estava a terminar. Ouvimos pela uma última vez a música oficial do Jamboree “Jambo” e contamos ainda com fogo de artifício. O regresso ao campo foi bastante calmo e assim que chegámos desejámos uma “Boa Noite” a todos e fomos dormir. Era de facto um momento para pensar, iria ser a nossa última noite em campo. Era difícil pensar desta maneira mas era a realidade. Acordámos, e foi rapidamente que começamos a fazer as malas e a desmontar o nosso campo. Não minto, foi difícil, e então naqueles momentos que parávamos um pouco e olhávamos à nossa volta e víamos escoteiros já de malas às costas e muitas tendas já desmontadas, fazia-nos reflectir o quão bom foram aqueles dias e quão desejávamos terem sido mais. Quando os chefes nos perguntavam: “Duas Palavras para descrever o Jamboree” e só me lembro de ter respondido, “Nem 100 palavras dariam para descrever o que foi sentido e vivido neste Jamboree”. Não era única a pensar deste modo e isso via-se no olhar de cada um. Eram 11.00 da manhã quando os nossos vizinhos Italianos carregavam as suas malas e se despediam de todos nós. Aá nem as lágrimas foi possível esconder, ainda nem tínhamos chegado a Portugal e já tínhamos saudades. Foram criados vários laços de amizades, várias gargalhadas em conjunto, enfim, momentos que de certeza iremos guardar e esperar que em 2011 no 22º Jamboree Mundial seja possível relembrá-los todos juntos. Já em solo Português fomos bem recebidos pelas nossas famílias que traziam no olhar a saudade e que esperaram 14 ansiosos dias pela nossa chegada. Todos juntos, ainda houve tempo para uma formatura final com alguns discursos, muitas lágrimas e uma ultima oportunidade de gritar: “JAMBO…..HELLO”. Emoções novas, sentimentos inesperados, foi de facto uma actividade memorável que conseguiu mostrar ao mundo que nós, escoteiros, podemos fazer a diferença, que podemos ajudar, que a união faz a força e só assim poderemos cumprir com a nossa promessa, “Creating a Better World” “UM MUNDO UMA PROMESSA”



Ass.: Catarina Constantino

Parabéns!!

Já foi há alguns dias que a escoteira Marina do Grupo 11 de Odivelas completou 16 anos de idade. Mas não é tarde para relembrar esse momento que contou com a presença dos nossos vizinhos Italianos que a felicitaram bem à moda Italiana. Após os Parabéns, cantados mais de 8 vezes, pediu-se o discurso e seguiam-se as cantigas portuguesas, o famoso “Pimba” português. Foi um momento bem passado que de certo ficará na memória da escoteira da tropa Álvaro de Mello Machado e de todos os que estavam presentes. É ainda relevante dar os Parabéns à escoteira Ana Brás do Grupo 84 e ao escoteiro Rui do Grupo 48, elementos da mesma tropa, que também fizeram anos durante o Jamboree Mundial do Escotismo.

Aqui fica o vídeo http://www.youtube.com/v/p4MlEd0IBE4

Ass.: Catarina Constantino

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Duas palavrinhas..

A ultima etapa de uma actividade é a avaliação, e sendo assim faço questão de não me esquecer dela, e de através desta postagem, dar a conhecer a opinião de outros vários escuteiros.

Apesar de nunca ter participado numa actividade internacional antes, já estive inscrita em campos de férias no estrangeiro, e digo que houve várias situaçoes em que o Jamboree me pareceu mais um desses campos de férias que a actividade escutista memorável que tinha idealizado! Nada de críticas em relação às actividades (apesar de ter sido comentada a curta duração de algumas (como o Splash), mas que se compreende considerando que eramos 4o mil), a animação em campo foi sempre muita, fomos constantemente sensibilizados para a importância do nosso papel no mundo, enquanto escuteiros ou meros cidadãos, a organização do campo e as infrastruturas estiveram à altura do evento e a celebração do centenário (mesmo se mais fraquinha no dia 1 do que aquilo que se esperava), fez-se sentir por entre as 158 nacionalidades.

Mas há dois aspectos que quero referir por gostar realmente que fossem alterados: a exploração económica do Jamboree e o contingente português.
Primeiramente, considerei excessiva a presença em campo dos visitantes, isto porque tornavam o espaço mais impessoal para quem o habitou durante as duas semanas, como se os participantes e as actividades em que se envolviam fossem uma atracção maior que o próprio Movimento. Apesar de as imensas tasquinhas de alimentação e recordações facturarem em triplo nesses dias, o lixo no chão e a sujidade nas casas de banho também triplicavam! Custou-me ver como as manhãs de "Choice Time" de tantos escuteiros eram gastas na fila do barracão de compras principal..

Já o segundo tópico, é um questao exterior ao Jamboree, mas que fez com que muitas vezes regressasse a campo entristecida, isto por ter compreendido que em algumas situações mais me valera ser estrangeira! Durante as duas semanas, fui melhor recebida e informada por todos os escuteiros dos outros paises, do que pelos nossos. Nos ateliers era como se estrovassemos, quando precisávamos de ajuda davam a entender que nos desenrascássemos, e os próprios escuteiros quiseram em muitas ocasiões criar um clima de competitividade entre tropas que em nada era saudável. As nossas fardas são as mais elogiadas mas o nosso espírito escutista nao tem vindo a perder-se? A marca do nosso país é deixada por todos conjuntamente... E a puxar para o mesmo lado! Sem distinguir regiões ou anos de trabalho ao serviço do Movimento :)

Desejos de um escutismo novo e reforçado, neste inicio de novo século.
JAMBO... Hello!

A "Epopeia" da Tropa Fernando Pessoa













Embora hoje seja dia 9, decidi relatar sumariamente a aventura da minha tropa, pois estes últimos dias foram tão intensos que nem deu tempo para conseguir decidir bem o que escrever!
Saíram dia 27 de Julho 39 elementos do CNE (23 do AGP. 879 da Póvoa de Santo e 16 do 489 da Lourinhã) para uma aventura que mudou para sempre as nossas vidas.
Ao chegarmos a Heathrow sentimos logo aquela atmosfera escutista a pairar no ar, pois viam-se escuteiros por todo lado, vindos de todas as partes do mundo!
Quando apanhamos 1 dos autocarros que nos iria levar até Hylands Park conhecemos 1 grupo de espanhóis super animados que nos ensinou alguns gritos e brincadeiras novas para as usarmos nos fogos de concelho!
Quando chegamos ao sub-campo Oásis já era de noite, cerca de 21 horas, e do nada apareceram um grupo de belgas e de ingleses que nos ajudaram a montar as tendas e nos ofereceram sopa e chocolate quente!

Sempre com esta atmosfera presente, no dia 28 participamos na cerimónia de abertura onde gritámos e agitamos bandeiras bem alto para demonstrarmos como deve agir o quinto maior contingente em campo e o maior contingente nacional a participar numa actividade internacional!

Como no dia 29 nós não tivemos actividades devido a problemas técnicos no Terraville deu para conhecermos melhor o "mundo" que nos rodeava, o nosso Desert Hub e a área do Plaza, que por acaso, eram muito giras!!!
À noite participamos no challenge 100 e com muito azar nosso, faltaram-nos cerca de 20 desafios para nós recebermos a insígnia :(......
Mas mesmo assim divertimos-nos bastante!!!!!

No dia 30 tivemos de manha no Trash onde nos divertimos bastante a "brincar" com objectos reciclados e, a tarde, alguns de nós estivemos no Energise onde praticamos actividades circenses, dança, percussão, entre outros.
À noite foi o dia do Show Case e, por isso, dançamos o regadinho Este fez tanto sucesso que os nossos rapazes ensinaram a algumas raparigas de vários países como dança-lo!

No dia 31 fomos até Giwell, o lugar que qualquer escuteiro deve visitar!
Das várias actividades que lá fizemos, a que eu mais gostei de fazer foi a visita guiada ao parque pois aprendi bastantes coisas sobre a história de BP e do parque como a história do JamRoll ou o roubo de um dos tigres da antiga porta principal.... pois são essas curiosidades que fazem a "nossa" história que nos ensinam a viver a vida de um modo mais divertido!
Nessa mesma noite foi a vigília de reflexão para o Sunrising Day, embora esta tenha sido um pouco diferente daquilo a que estamos habituados, deu para percebemos durante a reflexão de sub-campo e depois em grupo que nós somos uns sortudos por termos tido a sorte de podermos participar numa actividade desta envergadura e que devíamos tirar o maior partido dela, pois uma experiência destas só acontece de 100 em 100 anos e nós tivemos a sorte de lá estarmos a vivê-la.

No dia mais importante de toda esta actividade foi para nós um dádiva divina podermos renovar a nossa promessa naquele ambiente fantástico e repleto de espírito escutista. É algo que nunca irei esquecer pois toda aquela emoção e festa que se prolongou pelo dia fora deu para perceber que ser-se escuteiro é uma forma de vida e que devemos tirar o máximo dela!

No dia 2 foi o dia do elements e o dia da lusofonia. Quanto ao elements, eu fiquei no fogo e lá fiz um rocket que fez parte dos que foram lançados para bater o recorde mundial (que ao que parece foi batido) e fizemos pela enésima vez pão, mas ele estava óptimo (não andássemos nós a comer pouco devido a falta de qualidade da comida).
À noite participamos na festa da lusofonia e foi bastante divertido ver todas aquelas danças e músicas típicas, especialmente a angolana e os tambores brasileiros!!

No dia 3 foi dia de Terraville e Aquville. Começamos logo em "Portugal" a fazer karaoke! Cantamos GNR e Tony Carreira. Foi divertido. A partir daí o grupo dividiu-se e realizou as várias actividades que havia para fazer no Terraville. À tarde fomos para o Aquaville onde também cada um realizou as actividades que quis.

No dia 4 fomos para o Starburst. Como o grupo divido em 3 cada parte de nós fez coisas diferentes. A nossa dádiva ao povo inglês foi a construção de uma cerca à volta do campo.

No dia 5 fomos até ao GDV. Esta actividade foi uma das que mais me marcou. A minha equipa participou numa actividade em que nós éramos refugiados de um país em guerra. A actividade estava de tal forma feita que parecia real. O positivo é que após a fazermos nós percebemos que aquelas pessoas que conseguem escapar do seu país com vida e com toda a sua família são heróis porque não é fácil deixar-se tudo o que nos rodeia inesperadamente e de ânimo leve.


No dia 6 fomos ao slpash. Eu adorei esta actividade!
Entre as várias opções existentes fiz vela média.

nunca tinha feito vela e tive a sorte de apanhar 1 instrutor norte-americano super divertido e brincalhão.

Não viramos o barco mas eu caí 2 vezes à agua. A primeira foi porque quis e a segunda foi porque levei com a vela na cabeça.
Coisas que acontecem a pessoas que se armam em engraçadas sabem?

Sinceramente este foi o melhor dia. Cantar no meio da barragem com a minha melhor amiga, enquanto tentávamos por o barco a mexer-se. Foi muito bom mesmo!

É algo que quero voltar a repetir (sem a parte da vela a atirar-me para fora do barco)!


No dia 7 foi o dia de arrumar-mos as nossas coisas e de apanhar uma valente gripe na cerimónia de encerramento que foi muito bonita. aquelas danças típicas do México e da China foram espectaculares! Mostrou-nos que o melhor vem de onde menos se esperam! foi uma boa festa de encerramento... Só realmente foi pena ter chovido durante quase toda a festa!


O Dia 8 foi com muita pena nossa o dia da despedida. Desmontamos as tendas, arrumamos as nossas coisas,apanhamos o autocarro, fomos para aeroporto apanhamos o avião e chegamos a Portugal. Uns com vontade de lá ficar, outros já com saudades mas sempre com aquela cara de que nunca iríamos esquecer destes dias em Inglaterra.


Para mim como escuteira, o melhor desta actividade foi a multi culturalidade que se sentia por todo o lado. Lá não havia guerras, nacionalidades, diferenças, religiões, raças. Todos éramos iguais, mesmo que fossemos cegos, ou tivéssemos dificuldades motoras éramos aceites como iguais.

Eu como ser humano aprendi que é possível vivermos num clima de paz.

Nada é impossível basta tentar.


One World, One Promisse


Canhotas tristes, felizes e sonhadoras

Pirilampo Cintilante (Sofia Venâncio)

Agp. 879 Póvoa de Santo Adrião

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Chegou a hora


Acordámos para mais um dia neste Jamboree Mundial. Mas a força do hábito pregou-nos uma partida – era o último dia do Jamboree. E de repente, todos ficámos tristes. Depois de tantos dias intensos, preenchidos e movimentados, emociantes e inesquecíveis, chegou a altura de levantar campo e dizer adeus.
Uns dizem que cá querem ficar mais uma semana, outros que fazem greve e que não vão arrumar nada, mas no fundo, no fundo, todos sabemos que chegou a altura de partir.
Arrumam-se as tendas, guardam-se recordações (umas na bolso, outras no coração) e fazem-se as malas. Tirada a foto do contingente portugues, só nos resta voltar para os campos e despedirmo-nos do nosso subcampo e depois de todo o Jamboree.
Vai ser difícil abandonar-mos este campo, mas temos a consciencia de que tudo foi vivido com o máximo espírito e aplicação.
Depois destas quase duas semanas, podemos dizer e testemunhar que não existem barreiras para a amizade e entendimento. O nosso exemplo – Macau e Vila Viçosa – fez-nos chegar a esta conclusão. Conhecemo-nos há 11 dias, e no entanto é como se nos conhecessemos há muito mais tempo.
Juntos, fazemos um mundo e estamos unidos por uma promessa. E esta é, no fundo, a essencia deste Jamboree.

Ana Trigo 341 Macau
Carolina Serrano 639 Vila Viçosa

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Comunidades Lusofonas juntam-se!

No dia 2 de Agosto, que marcou o meio deste Jamboree, festejou-se o dia da Lusofonia. Este encontro realizou-se pela quarta vez em actividades mundiais. Numa zona reservada pela organização do acampamento para ateliers sobre as diferentes religioes presentes, "Faiths and Beliefs", celebrou-se uma missa em Português para todas as comunidades lusófonas presentes no acampamento. Presidida pelo Padre Mergulhão, assistente do Contingente Português, esta missa teve tambem a participaçãoo dos assistentes dos contingentes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Macau e Moçambique. Com um coro composto por escuteiros, a celebração foi rápida e sentida pois todos estavam reunidos, na mesma língua, em nome do Senhor. Antes da benção final foi dada a palavra ao Secretário Internacional do CNE, José Machado, ao Chefe de Contingente Portugues, José Araújo, ao Vice Presidente do Comité Internacional do Escutismo, Phillipe da Costa e ao Chefe Valdur - Presidente da Conferência Internacional Católica do Escutismo. Seguiu-se uma actividade no campo dos visitantes onde cada nação lusófona apresentou um numero tradicional, o que proporcionou o intercâmbio de culturas e muita diversão.
Ass: Matilde Alhinho

A Visao da Tropa "Alvaro de Melo Machado"


Foi no passado dia 26 de Julho de 2007 que a tropa Alvaro de Mello Machado, da AEP, partiu para aquele que é considerado o maior evento comemorativo dos 100 anos do escotismo, o Jamboree mundial. Desde a descolagem até à aterragem foi uma viagem calma marcada pela ansiedade, vontade, o desejo de chegar e poder tornar o mundo um pouco melhor!No dia 28, realizou-se a cerimónia de abertura onde estavam presentes cerca de 40 mil escoteiros de várias culturas, hábitos e costumes diferentes, mas todos por uma razão - comemorar os 100 anos de escotismo, mostrando que juntos podemos marcar a diferença. Foi uma cerimónia simples, que contou com a presenca do principe William, e com uma mensagem forte capaz de chegar a todo o mundo. Houve a actuação da banda do jamboree, e o desfile das bandeiras de todos os paises aqui representados. A cerimónia acabou ao som da musica do jamboree, " One world, one promise".
Ass:João Correia, Mafalda Moreira e Catarina Constantino