domingo, 12 de agosto de 2007

Chegou ao Fim!


Costuma-se dizer que tudo o que começa tem um fim, o Jamboree não foi excepção. No dia 7 de Agosto os 40.000 de escoteiros juntaram-se novamente na arena principal para assistir à cerimónia de encerramento do Jamboree. Faltou pouco para deixar correr as lágrimas, afinal depois de um ano à espera e para alguns muito mais, o jamboree já estava a terminar. Ouvimos pela uma última vez a música oficial do Jamboree “Jambo” e contamos ainda com fogo de artifício. O regresso ao campo foi bastante calmo e assim que chegámos desejámos uma “Boa Noite” a todos e fomos dormir. Era de facto um momento para pensar, iria ser a nossa última noite em campo. Era difícil pensar desta maneira mas era a realidade. Acordámos, e foi rapidamente que começamos a fazer as malas e a desmontar o nosso campo. Não minto, foi difícil, e então naqueles momentos que parávamos um pouco e olhávamos à nossa volta e víamos escoteiros já de malas às costas e muitas tendas já desmontadas, fazia-nos reflectir o quão bom foram aqueles dias e quão desejávamos terem sido mais. Quando os chefes nos perguntavam: “Duas Palavras para descrever o Jamboree” e só me lembro de ter respondido, “Nem 100 palavras dariam para descrever o que foi sentido e vivido neste Jamboree”. Não era única a pensar deste modo e isso via-se no olhar de cada um. Eram 11.00 da manhã quando os nossos vizinhos Italianos carregavam as suas malas e se despediam de todos nós. Aá nem as lágrimas foi possível esconder, ainda nem tínhamos chegado a Portugal e já tínhamos saudades. Foram criados vários laços de amizades, várias gargalhadas em conjunto, enfim, momentos que de certeza iremos guardar e esperar que em 2011 no 22º Jamboree Mundial seja possível relembrá-los todos juntos. Já em solo Português fomos bem recebidos pelas nossas famílias que traziam no olhar a saudade e que esperaram 14 ansiosos dias pela nossa chegada. Todos juntos, ainda houve tempo para uma formatura final com alguns discursos, muitas lágrimas e uma ultima oportunidade de gritar: “JAMBO…..HELLO”. Emoções novas, sentimentos inesperados, foi de facto uma actividade memorável que conseguiu mostrar ao mundo que nós, escoteiros, podemos fazer a diferença, que podemos ajudar, que a união faz a força e só assim poderemos cumprir com a nossa promessa, “Creating a Better World” “UM MUNDO UMA PROMESSA”



Ass.: Catarina Constantino

Parabéns!!

Já foi há alguns dias que a escoteira Marina do Grupo 11 de Odivelas completou 16 anos de idade. Mas não é tarde para relembrar esse momento que contou com a presença dos nossos vizinhos Italianos que a felicitaram bem à moda Italiana. Após os Parabéns, cantados mais de 8 vezes, pediu-se o discurso e seguiam-se as cantigas portuguesas, o famoso “Pimba” português. Foi um momento bem passado que de certo ficará na memória da escoteira da tropa Álvaro de Mello Machado e de todos os que estavam presentes. É ainda relevante dar os Parabéns à escoteira Ana Brás do Grupo 84 e ao escoteiro Rui do Grupo 48, elementos da mesma tropa, que também fizeram anos durante o Jamboree Mundial do Escotismo.

Aqui fica o vídeo http://www.youtube.com/v/p4MlEd0IBE4

Ass.: Catarina Constantino

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Duas palavrinhas..

A ultima etapa de uma actividade é a avaliação, e sendo assim faço questão de não me esquecer dela, e de através desta postagem, dar a conhecer a opinião de outros vários escuteiros.

Apesar de nunca ter participado numa actividade internacional antes, já estive inscrita em campos de férias no estrangeiro, e digo que houve várias situaçoes em que o Jamboree me pareceu mais um desses campos de férias que a actividade escutista memorável que tinha idealizado! Nada de críticas em relação às actividades (apesar de ter sido comentada a curta duração de algumas (como o Splash), mas que se compreende considerando que eramos 4o mil), a animação em campo foi sempre muita, fomos constantemente sensibilizados para a importância do nosso papel no mundo, enquanto escuteiros ou meros cidadãos, a organização do campo e as infrastruturas estiveram à altura do evento e a celebração do centenário (mesmo se mais fraquinha no dia 1 do que aquilo que se esperava), fez-se sentir por entre as 158 nacionalidades.

Mas há dois aspectos que quero referir por gostar realmente que fossem alterados: a exploração económica do Jamboree e o contingente português.
Primeiramente, considerei excessiva a presença em campo dos visitantes, isto porque tornavam o espaço mais impessoal para quem o habitou durante as duas semanas, como se os participantes e as actividades em que se envolviam fossem uma atracção maior que o próprio Movimento. Apesar de as imensas tasquinhas de alimentação e recordações facturarem em triplo nesses dias, o lixo no chão e a sujidade nas casas de banho também triplicavam! Custou-me ver como as manhãs de "Choice Time" de tantos escuteiros eram gastas na fila do barracão de compras principal..

Já o segundo tópico, é um questao exterior ao Jamboree, mas que fez com que muitas vezes regressasse a campo entristecida, isto por ter compreendido que em algumas situações mais me valera ser estrangeira! Durante as duas semanas, fui melhor recebida e informada por todos os escuteiros dos outros paises, do que pelos nossos. Nos ateliers era como se estrovassemos, quando precisávamos de ajuda davam a entender que nos desenrascássemos, e os próprios escuteiros quiseram em muitas ocasiões criar um clima de competitividade entre tropas que em nada era saudável. As nossas fardas são as mais elogiadas mas o nosso espírito escutista nao tem vindo a perder-se? A marca do nosso país é deixada por todos conjuntamente... E a puxar para o mesmo lado! Sem distinguir regiões ou anos de trabalho ao serviço do Movimento :)

Desejos de um escutismo novo e reforçado, neste inicio de novo século.
JAMBO... Hello!

A "Epopeia" da Tropa Fernando Pessoa













Embora hoje seja dia 9, decidi relatar sumariamente a aventura da minha tropa, pois estes últimos dias foram tão intensos que nem deu tempo para conseguir decidir bem o que escrever!
Saíram dia 27 de Julho 39 elementos do CNE (23 do AGP. 879 da Póvoa de Santo e 16 do 489 da Lourinhã) para uma aventura que mudou para sempre as nossas vidas.
Ao chegarmos a Heathrow sentimos logo aquela atmosfera escutista a pairar no ar, pois viam-se escuteiros por todo lado, vindos de todas as partes do mundo!
Quando apanhamos 1 dos autocarros que nos iria levar até Hylands Park conhecemos 1 grupo de espanhóis super animados que nos ensinou alguns gritos e brincadeiras novas para as usarmos nos fogos de concelho!
Quando chegamos ao sub-campo Oásis já era de noite, cerca de 21 horas, e do nada apareceram um grupo de belgas e de ingleses que nos ajudaram a montar as tendas e nos ofereceram sopa e chocolate quente!

Sempre com esta atmosfera presente, no dia 28 participamos na cerimónia de abertura onde gritámos e agitamos bandeiras bem alto para demonstrarmos como deve agir o quinto maior contingente em campo e o maior contingente nacional a participar numa actividade internacional!

Como no dia 29 nós não tivemos actividades devido a problemas técnicos no Terraville deu para conhecermos melhor o "mundo" que nos rodeava, o nosso Desert Hub e a área do Plaza, que por acaso, eram muito giras!!!
À noite participamos no challenge 100 e com muito azar nosso, faltaram-nos cerca de 20 desafios para nós recebermos a insígnia :(......
Mas mesmo assim divertimos-nos bastante!!!!!

No dia 30 tivemos de manha no Trash onde nos divertimos bastante a "brincar" com objectos reciclados e, a tarde, alguns de nós estivemos no Energise onde praticamos actividades circenses, dança, percussão, entre outros.
À noite foi o dia do Show Case e, por isso, dançamos o regadinho Este fez tanto sucesso que os nossos rapazes ensinaram a algumas raparigas de vários países como dança-lo!

No dia 31 fomos até Giwell, o lugar que qualquer escuteiro deve visitar!
Das várias actividades que lá fizemos, a que eu mais gostei de fazer foi a visita guiada ao parque pois aprendi bastantes coisas sobre a história de BP e do parque como a história do JamRoll ou o roubo de um dos tigres da antiga porta principal.... pois são essas curiosidades que fazem a "nossa" história que nos ensinam a viver a vida de um modo mais divertido!
Nessa mesma noite foi a vigília de reflexão para o Sunrising Day, embora esta tenha sido um pouco diferente daquilo a que estamos habituados, deu para percebemos durante a reflexão de sub-campo e depois em grupo que nós somos uns sortudos por termos tido a sorte de podermos participar numa actividade desta envergadura e que devíamos tirar o maior partido dela, pois uma experiência destas só acontece de 100 em 100 anos e nós tivemos a sorte de lá estarmos a vivê-la.

No dia mais importante de toda esta actividade foi para nós um dádiva divina podermos renovar a nossa promessa naquele ambiente fantástico e repleto de espírito escutista. É algo que nunca irei esquecer pois toda aquela emoção e festa que se prolongou pelo dia fora deu para perceber que ser-se escuteiro é uma forma de vida e que devemos tirar o máximo dela!

No dia 2 foi o dia do elements e o dia da lusofonia. Quanto ao elements, eu fiquei no fogo e lá fiz um rocket que fez parte dos que foram lançados para bater o recorde mundial (que ao que parece foi batido) e fizemos pela enésima vez pão, mas ele estava óptimo (não andássemos nós a comer pouco devido a falta de qualidade da comida).
À noite participamos na festa da lusofonia e foi bastante divertido ver todas aquelas danças e músicas típicas, especialmente a angolana e os tambores brasileiros!!

No dia 3 foi dia de Terraville e Aquville. Começamos logo em "Portugal" a fazer karaoke! Cantamos GNR e Tony Carreira. Foi divertido. A partir daí o grupo dividiu-se e realizou as várias actividades que havia para fazer no Terraville. À tarde fomos para o Aquaville onde também cada um realizou as actividades que quis.

No dia 4 fomos para o Starburst. Como o grupo divido em 3 cada parte de nós fez coisas diferentes. A nossa dádiva ao povo inglês foi a construção de uma cerca à volta do campo.

No dia 5 fomos até ao GDV. Esta actividade foi uma das que mais me marcou. A minha equipa participou numa actividade em que nós éramos refugiados de um país em guerra. A actividade estava de tal forma feita que parecia real. O positivo é que após a fazermos nós percebemos que aquelas pessoas que conseguem escapar do seu país com vida e com toda a sua família são heróis porque não é fácil deixar-se tudo o que nos rodeia inesperadamente e de ânimo leve.


No dia 6 fomos ao slpash. Eu adorei esta actividade!
Entre as várias opções existentes fiz vela média.

nunca tinha feito vela e tive a sorte de apanhar 1 instrutor norte-americano super divertido e brincalhão.

Não viramos o barco mas eu caí 2 vezes à agua. A primeira foi porque quis e a segunda foi porque levei com a vela na cabeça.
Coisas que acontecem a pessoas que se armam em engraçadas sabem?

Sinceramente este foi o melhor dia. Cantar no meio da barragem com a minha melhor amiga, enquanto tentávamos por o barco a mexer-se. Foi muito bom mesmo!

É algo que quero voltar a repetir (sem a parte da vela a atirar-me para fora do barco)!


No dia 7 foi o dia de arrumar-mos as nossas coisas e de apanhar uma valente gripe na cerimónia de encerramento que foi muito bonita. aquelas danças típicas do México e da China foram espectaculares! Mostrou-nos que o melhor vem de onde menos se esperam! foi uma boa festa de encerramento... Só realmente foi pena ter chovido durante quase toda a festa!


O Dia 8 foi com muita pena nossa o dia da despedida. Desmontamos as tendas, arrumamos as nossas coisas,apanhamos o autocarro, fomos para aeroporto apanhamos o avião e chegamos a Portugal. Uns com vontade de lá ficar, outros já com saudades mas sempre com aquela cara de que nunca iríamos esquecer destes dias em Inglaterra.


Para mim como escuteira, o melhor desta actividade foi a multi culturalidade que se sentia por todo o lado. Lá não havia guerras, nacionalidades, diferenças, religiões, raças. Todos éramos iguais, mesmo que fossemos cegos, ou tivéssemos dificuldades motoras éramos aceites como iguais.

Eu como ser humano aprendi que é possível vivermos num clima de paz.

Nada é impossível basta tentar.


One World, One Promisse


Canhotas tristes, felizes e sonhadoras

Pirilampo Cintilante (Sofia Venâncio)

Agp. 879 Póvoa de Santo Adrião

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Chegou a hora


Acordámos para mais um dia neste Jamboree Mundial. Mas a força do hábito pregou-nos uma partida – era o último dia do Jamboree. E de repente, todos ficámos tristes. Depois de tantos dias intensos, preenchidos e movimentados, emociantes e inesquecíveis, chegou a altura de levantar campo e dizer adeus.
Uns dizem que cá querem ficar mais uma semana, outros que fazem greve e que não vão arrumar nada, mas no fundo, no fundo, todos sabemos que chegou a altura de partir.
Arrumam-se as tendas, guardam-se recordações (umas na bolso, outras no coração) e fazem-se as malas. Tirada a foto do contingente portugues, só nos resta voltar para os campos e despedirmo-nos do nosso subcampo e depois de todo o Jamboree.
Vai ser difícil abandonar-mos este campo, mas temos a consciencia de que tudo foi vivido com o máximo espírito e aplicação.
Depois destas quase duas semanas, podemos dizer e testemunhar que não existem barreiras para a amizade e entendimento. O nosso exemplo – Macau e Vila Viçosa – fez-nos chegar a esta conclusão. Conhecemo-nos há 11 dias, e no entanto é como se nos conhecessemos há muito mais tempo.
Juntos, fazemos um mundo e estamos unidos por uma promessa. E esta é, no fundo, a essencia deste Jamboree.

Ana Trigo 341 Macau
Carolina Serrano 639 Vila Viçosa

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Comunidades Lusofonas juntam-se!

No dia 2 de Agosto, que marcou o meio deste Jamboree, festejou-se o dia da Lusofonia. Este encontro realizou-se pela quarta vez em actividades mundiais. Numa zona reservada pela organização do acampamento para ateliers sobre as diferentes religioes presentes, "Faiths and Beliefs", celebrou-se uma missa em Português para todas as comunidades lusófonas presentes no acampamento. Presidida pelo Padre Mergulhão, assistente do Contingente Português, esta missa teve tambem a participaçãoo dos assistentes dos contingentes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Macau e Moçambique. Com um coro composto por escuteiros, a celebração foi rápida e sentida pois todos estavam reunidos, na mesma língua, em nome do Senhor. Antes da benção final foi dada a palavra ao Secretário Internacional do CNE, José Machado, ao Chefe de Contingente Portugues, José Araújo, ao Vice Presidente do Comité Internacional do Escutismo, Phillipe da Costa e ao Chefe Valdur - Presidente da Conferência Internacional Católica do Escutismo. Seguiu-se uma actividade no campo dos visitantes onde cada nação lusófona apresentou um numero tradicional, o que proporcionou o intercâmbio de culturas e muita diversão.
Ass: Matilde Alhinho

A Visao da Tropa "Alvaro de Melo Machado"


Foi no passado dia 26 de Julho de 2007 que a tropa Alvaro de Mello Machado, da AEP, partiu para aquele que é considerado o maior evento comemorativo dos 100 anos do escotismo, o Jamboree mundial. Desde a descolagem até à aterragem foi uma viagem calma marcada pela ansiedade, vontade, o desejo de chegar e poder tornar o mundo um pouco melhor!No dia 28, realizou-se a cerimónia de abertura onde estavam presentes cerca de 40 mil escoteiros de várias culturas, hábitos e costumes diferentes, mas todos por uma razão - comemorar os 100 anos de escotismo, mostrando que juntos podemos marcar a diferença. Foi uma cerimónia simples, que contou com a presenca do principe William, e com uma mensagem forte capaz de chegar a todo o mundo. Houve a actuação da banda do jamboree, e o desfile das bandeiras de todos os paises aqui representados. A cerimónia acabou ao som da musica do jamboree, " One world, one promise".
Ass:João Correia, Mafalda Moreira e Catarina Constantino

Rita Afonso - Dia 5

Quinto dia – 31 de Julho de 2007

Good Morning everybody. Hoje é o dia do “Splash”, uma actividade com diferentes desportos náuticos. Eram exatamente seis e meia da manhã, já toda a Tropa 10 estava fora das tendas, a aprontar-se para um dos dias mais divertidos no Jamboree. Pequeno almoço tomado e almoço dentro das mochilas, a Tropa 10 dirigiu-se para a zona dos autocarros e foi a caminho de mais um magnifico dia.
Chegámos à zona do “Splash” e cada um foi para a actividade que lhe correspondia. O meu grupo foi para a construção de jangadas, onde havia uma mística de piratas, que nos desafiaram a fazer uma batalha. Os piratas estavam divididos por cores, sendo a nossa a cor azul. A nossa tarefa era construir uma jangada e apanhar bolas na água, que eram lançadas em terra pelos monitores.
A construir a nossa jangada ficaram escuteiros de Portugal e da Nigéria e fomos os primeiros da nossa cor a ir para a água. Ainda sofremos alguns ataques de piratas das outras cores, mas conseguimos chegar a terra com todas as bolas necessárias.
Mudámos de roupa e, após o almoco, dirigimo-nos novamente de autocarro a campo, tendo oportunidade para dormir uma tão desejada hora. Aproveitámos ainda para partilhar cada actividade que cada um realizou, sendo que foram todas bastante divertidas. Chegámos perto das três horas da tarde, aproveitando posteriormente para tomar banho e arrumar o campo, que bem precisava. Jantámos, demos uma volta pelo campo e fomos dormir. Decorreu assim o, até agora, mais divertido dia de toda a actividade.
Ass: Rita Afonso

Rita Afonso - Dia 4

Quarto dia – 30 de Julho de 2007-08-03


Bom dia, Tropa 10 e muitos parabéns ao Ivo! Hoje foi um acordar especial, pois acordámos ao som de música escocesa, o que foi bastante agradável, embora nem todos tenham pensado o mesmo, tendo em conta que podiam ter dormido mais vinte minutos. Acordando perto das sete horas, a Tropa 10 preparou o pequeno almoco, comeu e dirigiu-se por equipas para actividades a realizar no campo.
Tendo em conta que a manhã era livre, cada equipa escolheu o que queria fazer, tendo a minha equipa ido para o “Energise”, um campo das mais variadas actividades, onde nos divertimos bastante e experimentámos coisas que nunca tinhamos experimentado antes. Integrámos um grupo que estava a tocar tambores, jambés, triângulos e outros instrumentos, onde o instrutor pediu a todos que fizessem silêncio. Pediu seguidamente ao Ivo, que ja se tinha destacado por tocar realmente muito bem, para tocar sosinho, que fez um solo espectacular.
Dirigimo-nos a outras tendas de trabalhos manuais, pinturas indianas, artesanato e muitas outras actividades, cantando sempre pelo caminho os parabéns ao Ivo. A Tropa 10 reuniu-se para almoçar e após o almoço fomos a uma actividade em grupo, onde debatemos vários aspectos do mundo, como a poluição e a fome. Fizemos ainda uns jogos e dirigimo-nos seguidamente para uma tenda com aproximandamente trezentas pessoas, onde nos deram uns instrumentos para tocarmos todos juntos. Havia ainda jambes, tendo o Ivo tocando mais uma vez, sendo no final de muitas músicas, chamado ao palco, onde lhe foi cantado os parabéns por todas aquelas pessoas.
Acabada a actividade, a Tropa 10 dirigiu-se para o seu campo para preparar o jantar. Depois de comer, dirigimo-nos para um jogo, que consistia em realizar cem actividades, sendo cada uma premiada com um autocolante. No final do jogo, faltava-nos apenas três autocolantes.
Terminada a actividade, o grupo conversou sobre todos os acontecimentos do dia, indo de seguida descansar. E assim passou mais um excelente dia do Jamboree Mundial.
Ass: Rita Afonso


Rita Afonso - dia 3

Terceiro dia – 29 de Julho de 2007


Após uma noite como a de ontem, logicamente que estavamos todos de rastos, pelo que, o nosso chefe foi realmente um porreiro em nos deixar dormir mais quinze minutos do que o habitual. Acordámos quando faltava um quarto para as sete da manhã e preparámo-nos para mais um dia. Tomámos o pequeno almoco e preparámo-nos para o dia do Starburst, que dividiu a Tropa 10 em três equipas, integradas em grupos com diferentes paises, dirigindo-se cada grupo para uma diferente zona.
O grupo onde me inseri foi para um parque enorme, onde pudemos melhorar uma zona de arvoredo, retirando umas plantas que prejudicavam o crescimento de outras. Esta actividade durou toda a manhã, sendo que, depois de almoço, realizámos um raid de orientação, em pares, que correu muito bem e foi bastante divertido.
Com a actividade terminada, dirigimo-nos a campo, chegando perto das quatro horas. Quando toda a Tropa se encontrava finalmente junta, todos partilharam as suas diferentes experiências do dia, sendo muito engraçado ouvir e partilhar cada experiência.
Dirigimo-nos mais tarde para uma missa católica, que contou com a participação de escuteiros de vários paises. Nesta cerimonia encontrámo-nos com portugueses de outras tropas e com americanos que já tínhamos conhecido antes.
Acabada a missa, foi preparado o jantar e depois dos banhos e das tentativas de roubo à comida da cozinha, jantamos e fomos dormir. E assim se passou mais um dia nesta unica e maravilhosa actividade.
Ass: Rita Afonso

domingo, 5 de agosto de 2007

Rita Afonso - Dia 2


Segundo dia - Abertura oficial.


ALVORADA! Eram exactamente seis e meia da manhã, e era o primeiro acordar no Jamboree para a Tropa 10. Tratámos da higiene pessoal e preparámos um reforçado pequeno almoco. Comemos e metemo-nos a caminho da abertura oficial do Jamboree Mundial.
Centenas e centenas de escuteiros sairam dos seus sub-campos em direcção à arena principal, decorados a rigor com tudo e mais alguma coisa que representasse os seus paises. A arena começava a encher, ficando a Tropa 10 sentada mesmo em frente ao palco principal, por trás de uns escuteiros da Hungria com quem comunicamos imenso, ficando a conhecer bastante do escutismo e outras coisas da Hungria.
Todos os paises participantes neste grande evento mundial, foram apresentados no grande ecrã, um de cada vez. Rodeados de escuteiros das mais variadas nacionalidades, a Tropa 10 esperava ansiosamente para gritar por Portugal. Quando apresentaram Portugal, gritámos até não poder mais.
Deu-se depois o desfile de bandeiras de todos os países até ao palco principal, chegando em último a bandeira mundial. Foi depois tempo de aguardar pela chegada do Principe William de Inglaterra, que foi acolhido calorosamente por todos. Após a entrada do príncipe, vários chefes deram as boas vindas a todos os participantes, que aplaudiam com grande energia.
Finalmente deu-se a abertura oficial da actividade. Fez-se contagem decrescente e, no fim da contagem, todos aplaudiram com grande emoção. Fez-se uma pequena paragem para almoçar umas sandes que tinham sido fornecidas e beber uns sumos que, tanto como as sandes, não eram do agrado de muita gente. Acabamos de almoçar muito rapidamente e continuámos a festa. A arena estava realmente uma loucura, havendo muita música e todos os escuteiros estavam a dançar com a maior felicidade que alguma vez se viu.
Após muita festa e alegria, deu-se o encerramento da abertura oficial e todos regressaram para os campos sendo que, no caminho de regresso, a Tropa 10 aventurou-se a tentar ensinar uns italianos a dançar e cantar o “Malhão”, o que foi uma tentativa quase falhada, mas ainda demos umas boas gargalhadas.
Chegando a campo, preparámos o jantar, tomámos banho e arrumámos o campo. Após o jantar, a noite foi livre, tendo uns ido comprar lembranças para levar para Portugal, outros trocado insignias e outros foram para a grande arena para um concerto que, apesar da chuva intensa, obviamente que não acabou. Outros substituíram o passeio pelo campo, por umas simples saidas à roulote mais proxima que aparentasse ter comida “normal”, visto que o jantar estava realmente péssimo.
Perto das onze horas da noite, a Tropa 10 encontrou-se para conversar sobre o dia e para ir descansar para as tendas. Decorreu assim o segundo dia da actividade que já todos dizem ter sido a melhor de sempre.

Artigo Publicado no "One Word" de Hoje

Olhos bem abertos






















Poderíamos falar sobre qualquer tema quando tocamos no assunto da cidadania e da convivencia com os outros, mas talvez este se insira melhor na mensagem sobre a qual queremos reflectir. Vivendo a nossa vida no dia-a-dia, não temos a consciencia das consequencias de alguns dos nossos actos. Por exemplo, quando deixamos o frigorífico muito tempo aberto, ou quando deitamos um saco de plástico para o chão. Estas acções, por mais insignificantes que nos pareçam, atingem brutalmente o ambiente que nos rodeia, principalmente porque todos o repetem.
Aqui no Jamboree, não há sacos de plástico que escapem a um caixote do lixo, não há papeis espalhados pelo chão, e não há escuteiro que não se envolva e participe em actividades que nos ensinem e relembrem dos nossos deveres para com o que nos rodeia.
Sabiam que todos os dias, um bilião de pessoas vive sem água potável?
Assim, com placas espalhadas pelo campo, alertando-nos para factos naturais e humanos importantes (e muitas vezes chocantes), com actividades que incluem a reutilização de lixo, com tendas que tratam de temas relacionados com os direitos humanos, voluntariado, 1os. socorros, poluição, saneamento básico, comércio justo, prevenção de doenças, luta contra a SIDA, pobreza, fome, refugiados, autocarros que focam também temas interessantes como a escravatura, terrorismo, etc., não podemos fugir a esta realidade.
Como cidadãos do mundo, estamos aqui com os olhos mais abertos para os problemas qie existem em toda a terra. Por isso, damos o exemplo e levamos connosco deste Jamboree Mundial uma atitude mais consciente e realista, mas sempre optimista e activa para deixar o mundo um bocadinho melhor do que o encontrámos.


Ana Trigo Macau 341
Carolina Serrano Vila Viçosa 639

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Construir pontes


Ao longo do Jamboree vão sendo realizadas varias actividades com diversos objectivos. Seja na área dos direitos humanos, da saúde ou do ambiente, muitos dos ateliers e propostas de trabalho têm uma mesma finalidade: alertar para determinados aspectos que na correria do nosso dia-a-dia acabam por passar despercebidos.
Mas felizmente não tem passado despercebido aos nossos escuteiros, um dos imensos lemas deste 21º Jamboree que se esta reflectido em tudo quanto de envolvem aqui em UK: construir pontes.
Somos levados a construí-las com massa no Terraville, com legos nos Hubs, com caixotes e tábuas de madeira no Trash, ou com o próprio corpo (só para ginastas!) um pouco por todo o lado! Vindos de países tão diferentes, apesar de sermos todos defensores dos mesmos ideais escutistas, é natural que tenhamos opiniões distintas, opiniões essas que muitas vezes em vez de discutirmos abertamente, temos dificuldade em aceitar. Felizmente pelo que se pode observar, todos os participantes do Jamboree estão empenhados em, através dessas pontes, facilitar a comunicação e em tirar máximo partido do que o outro tem para dar, para que deste 21º Jamboree resultem pontes sólidas que possam unir os jovens de todo o Mundo e consequentemente os seus povos!



Andrea Guerreiro - Leiria

Escuteiro de peluche


Este é o Aníbal. Começou por ser adoptado como mascote da III secção do agrupamento 1211 de Santa Catarina da Serra, mas quando abraçou a oportunidade de participar nesta actividade com alguns dos seus familiares, tornou-se familiar de todos os outros!
Quem vê o Aníbal lembra-se imediatamente de uma personagem do imaginário infantil, mas o Aníbal não é esse jovem famoso, ou melhor, não era! Mal chegou ao Jamboree, a mascote da região de Leiria fez logo furor! Aparece nos jornais de campo, distribui autógrafos, tira fotografias com pessoas de todas as cores e feitios, dá beijinhos às meninas, deixa a sua marca nas actividades em que participa e é um aliado para a farra!
Mas este jovem, não teve um início de vida feliz. Nasceu num lar perdido algures, tendo sido rejeitado pela sua família biológica e enfiado num dos sacos cheios de brinquedos que os pioneiros do 1211 andaram a recolher por altura do Natal de 2006, para crianças desfavorecidas. Quando ao seleccionar as dadivas deram de caras com ele e repararam na tristeza que trazia estampada no rosto, decidiram imediatamente adoptá-lo. Ganhou pai, mãe, irmãos, primos, e no Jamboree arranjou até uma namorada: a Cris (juntos na foto).
A felicidade toda que sente agora nem o deixa fechar a boca, e quando voltar para Portugal, há-de ter mais histórias para contar que qualquer um dos outros escuteiros!
Andrea Guerreiro - Leiria

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Jambo...Hello















Há várias coisas que nos podem marcar, tanto como pessoas ou como escuteiros.
Neste 21o Jamboree Mundial há algo que não deixa de passar despercebido : os “Hellos!”.
Pode parecer esquisito, até ridículo, mas é de facto, uma saudação preciosa porque num mundo onde estamos constantemente sob pressão e debaixo da sombra de violencia e de desentendimentos globais, chegamos aqui e verificamos que este ”Hello” é sempre transmitido com um sorriso na cara. Não existem barreiras de comunicação nem quaisquer outras que nos impossibilitem de estar com escuteiros de todo o mundo. Somos um exemplo para um mundo que precisa de ultrapassar as suas dificuldades para prosperar.
Seja finlandes, ingles, israelita ou australiano, todos sorriem e dizem “olá” ao passar. Todos sabem que estes dias são dos melhores das nossas vidas. Todos temos consciencia que é essencial a paz e amizade para um ambiente deveras heterogéneo, composto por um bocadinho da essencia de cada país. Um mosaico que assenta sem levantar ondas.Um ambiente em que cada escuteiro é, ao passar pelo sub-campo, ou a caminho das actividades, saudado e presenteado com muitos “dá cá mais 5!”.
Deste modo, abertos para o diálogo, todos prontos a ajudar e a conviver, e alerta para servir, vamos passando estes momentos memoráveis.
Como escuteira, tem sido fantástico - novas pessoas, novas actividades, novos conhecimentos, novos sabores, novas perspectivas. Tudo em nome dos escutismo e de uma promessa, que ontém, na cerimónia do “Sunrise” renovámos, e onde recolhemos assinaturas de todos os escuteiros que estavam à nossa volta.
Quem diria que um simples “olá” podia fazer tanta diferença?


Ana Trigo 341 - Macau

Tropa em Festa


Estar aqui é sem dúvida o sonho de qualquer escuteiro, e os dias que aqui temos vivido tem tornado realidade tudo aquilo com que tanto sonhámos, que tanto ansiámos...
Nós, juntamente com quarenta mil escuteiros de 158 paises, somos deveraz pessoas previlígiadas, pois neste “mundo” que construímos o sonho todos os dias se torna realidade.
Esta grandiosa e única actividade teve a sua abertura oficial no dia 28 de julho de 2007, na arena principal, e grandiosa, é de facto o adjectivo que melhor caracterizou esta cerimónia. Ás 10.00h do dia 28, todas as tropas, inclusive aquela que integro, a tropa 15 ( Agrupamento 639 Vila Viçosa e 341 Macau - Portugal), fomos chamados a reúnir a entrada de cada sub-campo, onde permanecemos algum tempo até iniciarmos o caminho para a arena. Tempo esse, que utilizámos para começar a mostrar ao mundo quem somos e de onde vimos. Tomámos contacto com os escuteiros do nosso sub-campo, cerca de dois mil, e soaram-se gritos de todos os países á medida que estes eram anunciados ao micro do sub-campo. Claro está, que o som de Portugal fez-se soar bem alto, e parcialidades á parte, foi de facto, o país que maior atenção despertou entre os restantes.
Depois desta parte do dia, que ainda agora tinha começado, fomos encaminhados para a tão esperada arena. Confesso que estava preparada para uma multidão de escuteiros, ou não fossemos quarenta mil, no entanto fiquei surpreendida, eu e penso que toda a tropa, pois a massa humana que surgia nas nossas costas era atè perder de vista...e estavamos ali todos pelo mesmo, todos sentiamos o coração a bater mais e mais...A nossa tropa ficou bem posicionada pois encontrava-se a uma distância relativamente curta que, nos permitia vizualizar bem o palco principal. A cerimónia teve início e foi de facto espectacular, tudo tinha início ali, naquele momento.
Todos os instantes foram fascinantes, com incríveis jogos de luzes, dançarinos, músicos, fogo de artifício, no entanto o momento que despertou maior emoção do público foi aquando da apariçao do secretário mundial do escutismo, Dr. Eduardo Missoni, e do principe William. A cerimónia terminou as 17.00h, e foi assim que tudo teve início, a imensidão de gente voltou para os respectivos sub-campos e até hoje tem sido tudo fantástico. É como se todo o mundo estivesse, ou talvez está mesmo, concentrado neste campo, é possivel ver tudo, tomar contacto com todas as pessoas sem ter que percorrer milhares de quilometros.
A tropa 15 esta a adorar, e a junçao do agrupamento de macau com o de vila viçosa correu muito bem, e neste momento todos unidos fazemos da tropa 15 uma das mais animadas do sub-campo lagoon.


Carolina Serrano
639-Vila Viçosa