domingo, 5 de agosto de 2007

Rita Afonso - Dia 2


Segundo dia - Abertura oficial.


ALVORADA! Eram exactamente seis e meia da manhã, e era o primeiro acordar no Jamboree para a Tropa 10. Tratámos da higiene pessoal e preparámos um reforçado pequeno almoco. Comemos e metemo-nos a caminho da abertura oficial do Jamboree Mundial.
Centenas e centenas de escuteiros sairam dos seus sub-campos em direcção à arena principal, decorados a rigor com tudo e mais alguma coisa que representasse os seus paises. A arena começava a encher, ficando a Tropa 10 sentada mesmo em frente ao palco principal, por trás de uns escuteiros da Hungria com quem comunicamos imenso, ficando a conhecer bastante do escutismo e outras coisas da Hungria.
Todos os paises participantes neste grande evento mundial, foram apresentados no grande ecrã, um de cada vez. Rodeados de escuteiros das mais variadas nacionalidades, a Tropa 10 esperava ansiosamente para gritar por Portugal. Quando apresentaram Portugal, gritámos até não poder mais.
Deu-se depois o desfile de bandeiras de todos os países até ao palco principal, chegando em último a bandeira mundial. Foi depois tempo de aguardar pela chegada do Principe William de Inglaterra, que foi acolhido calorosamente por todos. Após a entrada do príncipe, vários chefes deram as boas vindas a todos os participantes, que aplaudiam com grande energia.
Finalmente deu-se a abertura oficial da actividade. Fez-se contagem decrescente e, no fim da contagem, todos aplaudiram com grande emoção. Fez-se uma pequena paragem para almoçar umas sandes que tinham sido fornecidas e beber uns sumos que, tanto como as sandes, não eram do agrado de muita gente. Acabamos de almoçar muito rapidamente e continuámos a festa. A arena estava realmente uma loucura, havendo muita música e todos os escuteiros estavam a dançar com a maior felicidade que alguma vez se viu.
Após muita festa e alegria, deu-se o encerramento da abertura oficial e todos regressaram para os campos sendo que, no caminho de regresso, a Tropa 10 aventurou-se a tentar ensinar uns italianos a dançar e cantar o “Malhão”, o que foi uma tentativa quase falhada, mas ainda demos umas boas gargalhadas.
Chegando a campo, preparámos o jantar, tomámos banho e arrumámos o campo. Após o jantar, a noite foi livre, tendo uns ido comprar lembranças para levar para Portugal, outros trocado insignias e outros foram para a grande arena para um concerto que, apesar da chuva intensa, obviamente que não acabou. Outros substituíram o passeio pelo campo, por umas simples saidas à roulote mais proxima que aparentasse ter comida “normal”, visto que o jantar estava realmente péssimo.
Perto das onze horas da noite, a Tropa 10 encontrou-se para conversar sobre o dia e para ir descansar para as tendas. Decorreu assim o segundo dia da actividade que já todos dizem ter sido a melhor de sempre.

Artigo Publicado no "One Word" de Hoje

Olhos bem abertos






















Poderíamos falar sobre qualquer tema quando tocamos no assunto da cidadania e da convivencia com os outros, mas talvez este se insira melhor na mensagem sobre a qual queremos reflectir. Vivendo a nossa vida no dia-a-dia, não temos a consciencia das consequencias de alguns dos nossos actos. Por exemplo, quando deixamos o frigorífico muito tempo aberto, ou quando deitamos um saco de plástico para o chão. Estas acções, por mais insignificantes que nos pareçam, atingem brutalmente o ambiente que nos rodeia, principalmente porque todos o repetem.
Aqui no Jamboree, não há sacos de plástico que escapem a um caixote do lixo, não há papeis espalhados pelo chão, e não há escuteiro que não se envolva e participe em actividades que nos ensinem e relembrem dos nossos deveres para com o que nos rodeia.
Sabiam que todos os dias, um bilião de pessoas vive sem água potável?
Assim, com placas espalhadas pelo campo, alertando-nos para factos naturais e humanos importantes (e muitas vezes chocantes), com actividades que incluem a reutilização de lixo, com tendas que tratam de temas relacionados com os direitos humanos, voluntariado, 1os. socorros, poluição, saneamento básico, comércio justo, prevenção de doenças, luta contra a SIDA, pobreza, fome, refugiados, autocarros que focam também temas interessantes como a escravatura, terrorismo, etc., não podemos fugir a esta realidade.
Como cidadãos do mundo, estamos aqui com os olhos mais abertos para os problemas qie existem em toda a terra. Por isso, damos o exemplo e levamos connosco deste Jamboree Mundial uma atitude mais consciente e realista, mas sempre optimista e activa para deixar o mundo um bocadinho melhor do que o encontrámos.


Ana Trigo Macau 341
Carolina Serrano Vila Viçosa 639

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Construir pontes


Ao longo do Jamboree vão sendo realizadas varias actividades com diversos objectivos. Seja na área dos direitos humanos, da saúde ou do ambiente, muitos dos ateliers e propostas de trabalho têm uma mesma finalidade: alertar para determinados aspectos que na correria do nosso dia-a-dia acabam por passar despercebidos.
Mas felizmente não tem passado despercebido aos nossos escuteiros, um dos imensos lemas deste 21º Jamboree que se esta reflectido em tudo quanto de envolvem aqui em UK: construir pontes.
Somos levados a construí-las com massa no Terraville, com legos nos Hubs, com caixotes e tábuas de madeira no Trash, ou com o próprio corpo (só para ginastas!) um pouco por todo o lado! Vindos de países tão diferentes, apesar de sermos todos defensores dos mesmos ideais escutistas, é natural que tenhamos opiniões distintas, opiniões essas que muitas vezes em vez de discutirmos abertamente, temos dificuldade em aceitar. Felizmente pelo que se pode observar, todos os participantes do Jamboree estão empenhados em, através dessas pontes, facilitar a comunicação e em tirar máximo partido do que o outro tem para dar, para que deste 21º Jamboree resultem pontes sólidas que possam unir os jovens de todo o Mundo e consequentemente os seus povos!



Andrea Guerreiro - Leiria

Escuteiro de peluche


Este é o Aníbal. Começou por ser adoptado como mascote da III secção do agrupamento 1211 de Santa Catarina da Serra, mas quando abraçou a oportunidade de participar nesta actividade com alguns dos seus familiares, tornou-se familiar de todos os outros!
Quem vê o Aníbal lembra-se imediatamente de uma personagem do imaginário infantil, mas o Aníbal não é esse jovem famoso, ou melhor, não era! Mal chegou ao Jamboree, a mascote da região de Leiria fez logo furor! Aparece nos jornais de campo, distribui autógrafos, tira fotografias com pessoas de todas as cores e feitios, dá beijinhos às meninas, deixa a sua marca nas actividades em que participa e é um aliado para a farra!
Mas este jovem, não teve um início de vida feliz. Nasceu num lar perdido algures, tendo sido rejeitado pela sua família biológica e enfiado num dos sacos cheios de brinquedos que os pioneiros do 1211 andaram a recolher por altura do Natal de 2006, para crianças desfavorecidas. Quando ao seleccionar as dadivas deram de caras com ele e repararam na tristeza que trazia estampada no rosto, decidiram imediatamente adoptá-lo. Ganhou pai, mãe, irmãos, primos, e no Jamboree arranjou até uma namorada: a Cris (juntos na foto).
A felicidade toda que sente agora nem o deixa fechar a boca, e quando voltar para Portugal, há-de ter mais histórias para contar que qualquer um dos outros escuteiros!
Andrea Guerreiro - Leiria

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Jambo...Hello















Há várias coisas que nos podem marcar, tanto como pessoas ou como escuteiros.
Neste 21o Jamboree Mundial há algo que não deixa de passar despercebido : os “Hellos!”.
Pode parecer esquisito, até ridículo, mas é de facto, uma saudação preciosa porque num mundo onde estamos constantemente sob pressão e debaixo da sombra de violencia e de desentendimentos globais, chegamos aqui e verificamos que este ”Hello” é sempre transmitido com um sorriso na cara. Não existem barreiras de comunicação nem quaisquer outras que nos impossibilitem de estar com escuteiros de todo o mundo. Somos um exemplo para um mundo que precisa de ultrapassar as suas dificuldades para prosperar.
Seja finlandes, ingles, israelita ou australiano, todos sorriem e dizem “olá” ao passar. Todos sabem que estes dias são dos melhores das nossas vidas. Todos temos consciencia que é essencial a paz e amizade para um ambiente deveras heterogéneo, composto por um bocadinho da essencia de cada país. Um mosaico que assenta sem levantar ondas.Um ambiente em que cada escuteiro é, ao passar pelo sub-campo, ou a caminho das actividades, saudado e presenteado com muitos “dá cá mais 5!”.
Deste modo, abertos para o diálogo, todos prontos a ajudar e a conviver, e alerta para servir, vamos passando estes momentos memoráveis.
Como escuteira, tem sido fantástico - novas pessoas, novas actividades, novos conhecimentos, novos sabores, novas perspectivas. Tudo em nome dos escutismo e de uma promessa, que ontém, na cerimónia do “Sunrise” renovámos, e onde recolhemos assinaturas de todos os escuteiros que estavam à nossa volta.
Quem diria que um simples “olá” podia fazer tanta diferença?


Ana Trigo 341 - Macau

Tropa em Festa


Estar aqui é sem dúvida o sonho de qualquer escuteiro, e os dias que aqui temos vivido tem tornado realidade tudo aquilo com que tanto sonhámos, que tanto ansiámos...
Nós, juntamente com quarenta mil escuteiros de 158 paises, somos deveraz pessoas previlígiadas, pois neste “mundo” que construímos o sonho todos os dias se torna realidade.
Esta grandiosa e única actividade teve a sua abertura oficial no dia 28 de julho de 2007, na arena principal, e grandiosa, é de facto o adjectivo que melhor caracterizou esta cerimónia. Ás 10.00h do dia 28, todas as tropas, inclusive aquela que integro, a tropa 15 ( Agrupamento 639 Vila Viçosa e 341 Macau - Portugal), fomos chamados a reúnir a entrada de cada sub-campo, onde permanecemos algum tempo até iniciarmos o caminho para a arena. Tempo esse, que utilizámos para começar a mostrar ao mundo quem somos e de onde vimos. Tomámos contacto com os escuteiros do nosso sub-campo, cerca de dois mil, e soaram-se gritos de todos os países á medida que estes eram anunciados ao micro do sub-campo. Claro está, que o som de Portugal fez-se soar bem alto, e parcialidades á parte, foi de facto, o país que maior atenção despertou entre os restantes.
Depois desta parte do dia, que ainda agora tinha começado, fomos encaminhados para a tão esperada arena. Confesso que estava preparada para uma multidão de escuteiros, ou não fossemos quarenta mil, no entanto fiquei surpreendida, eu e penso que toda a tropa, pois a massa humana que surgia nas nossas costas era atè perder de vista...e estavamos ali todos pelo mesmo, todos sentiamos o coração a bater mais e mais...A nossa tropa ficou bem posicionada pois encontrava-se a uma distância relativamente curta que, nos permitia vizualizar bem o palco principal. A cerimónia teve início e foi de facto espectacular, tudo tinha início ali, naquele momento.
Todos os instantes foram fascinantes, com incríveis jogos de luzes, dançarinos, músicos, fogo de artifício, no entanto o momento que despertou maior emoção do público foi aquando da apariçao do secretário mundial do escutismo, Dr. Eduardo Missoni, e do principe William. A cerimónia terminou as 17.00h, e foi assim que tudo teve início, a imensidão de gente voltou para os respectivos sub-campos e até hoje tem sido tudo fantástico. É como se todo o mundo estivesse, ou talvez está mesmo, concentrado neste campo, é possivel ver tudo, tomar contacto com todas as pessoas sem ter que percorrer milhares de quilometros.
A tropa 15 esta a adorar, e a junçao do agrupamento de macau com o de vila viçosa correu muito bem, e neste momento todos unidos fazemos da tropa 15 uma das mais animadas do sub-campo lagoon.


Carolina Serrano
639-Vila Viçosa